segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Do Amor...

Foto: Cibele Delfim





Do amor

O meu amor sai de trem por aí
e vai vagando degavar para ver quem chegou
O meu amor corre devagar, anda no seu tempo
que passa de vez em vento
Como uma história que inventa o seu fim
quero inventar um você para mim
Vai ser melhor quando te conhecer

Olho no olho
e flor no jardim
Flor, amor
Vento devagar
vem, vai, vem mais




Tulipa Ruiz

terça-feira, 30 de agosto de 2011

Eu...

Foto: Amiga Gláucia




Eu não caibo no estreito, eu só vivo nos extremos.
Clarice Lispector

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Foto: Cibele Delfim



Como traduzir o silêncio do encontro real entre nós dois? Dificílimo contar. Olhei pra você fixamente por instantes. Tais momentos são meu segredo. Houve o que se chama de comunhão poerfeita. Eu chamo isto de estado agudo de felicidade.
Clarice Lispector

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Apesar de... II

Foto: Cibele Delfim



“Você é livre para fazer suas escolhas, mas é prisioneiro das conseqüências.” - Pablo Neruda

Apesar de...

Foto: Cibele Delfim



... uma das coisas que aprendi é que se deve viver apesar de. Apesar de, se deve comer. Apesar de, se deve amar. Apesar de, se deve morrer. Inclusive muitas vezes é o próprio apesar de que nos empurra para a frente.

Clarice Lispector

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Encerrando ciclos...

Foto: Cibele Delfim

Sempre é preciso saber quando uma etapa chega ao final. Se insistirmos em permanecer nela mais do que o tempo necessário, perdemos a alegria e o sentido das outras etapas que precisamos viver. Encerrando ciclos, fechando portas, terminando capítulos. Não importa o nome que damos, o que importa é deixar no passado os momentos que já se acabaram. As coisas passam, e o melhor que fazemos é deixar que elas possam ir embora.Deixar ir embora. Soltar. Desprender-se. Ninguém está jogando nesta vida com cartas marcadas, portanto às vezes ganhamos, e às vezes perdemos. Antes de começar um capítulo novo, é preciso terminar o antigo: diga a si mesmo que o que passou, jamais voltará. Lembre-se de que houve uma época em que podia viver sem aquilo - nada é insubstituível, um hábito não é uma necessidade. Encerrando ciclos. Não por causa do orgulho, por incapacidade, ou por soberba, mas porque simplesmente aquilo já não se encaixa mais na sua vida. Feche a porta, mude o disco, limpe a casa, sacuda a poeira.

Fernando Pessoa

terça-feira, 5 de abril de 2011

Em cada degrau...

Foto: Cibele Delfim


(...)Em cada degrau, há sentimentos:
Ternura, medo, esperança, alegria e coragem.
Cada qual relacionado a momentos
vividos nesta grande viagem...
(...)
n.m.t.m.

Lua...

Foto: Cibele Delfim




Só o que está morto não muda! Repito por pura alegria de viver: a salvação é pelo risco, sem o qual a vida não vale a pena!

Clarice Lispector

quinta-feira, 24 de março de 2011

Quietude...


Foto: Cibele Delfim

Saber ouvir o coração é um mistério que se aprende na quietude... Dele, o coração, procedem as fontes da vida. (Pv 4.23)

terça-feira, 22 de março de 2011

Bem me quer, mal me quer...

Foto: Cibele Delfim



Bem me quer, mal me quer
Dizia a sorte esgueirada
Para o Amor que queria ter
Alma que se sentia desamparada

A sorte não existe em coisas de Amor
Nem coisa alguma, que se procure ter
Nada se encontra no exterior
Estando tudo dentro de cada Ser.

Amor que germina sentindo
Amor que vive vivendo
Amor que brota em desatino
Em cada Ser se contendo

À espera de ser correspondido
Na ânsia em se entrelaçar
À espera apenas de ser vivido
O Amor que tem para ofertar

Bem me quer, bem me quer
Diria a sorte desenganada
Que o Amor está para quem quer
Para quem quer ser estimada.

Não há sorte nem azar que nos desampare
Quando o coração nos enche
Basta ter dentro um Amor impar
Aquele Amor que nos preenche...!

S.B.
Julho/2007

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Alegria & São Luiz do Paraitinga

Foto: Cibele Delfim




26ºFestival de Marchinhas de São Luiz do Paraitinga - 2011

Pois é, São Luiz está viva!!
Tive o prazer de poder estar nesta 26ª edição do festival de marchinhas, e não poderia deixar de registrar!
Tamanha foi minha alegria, e melhor ainda foi poder ver e sentir uma energia que ainda está viva! Energia esta que percorre as ruas, o coreto e o coração do povo de São Luiz.
Depois de duas noites de festival, revendo as fotos, lembrei de uma composição que sempre gostei e que achei apropriada para a fase que vivo e o momento reconstrução de São Luiz do Paraitinga!
Cibele

Eu Apenas Queria Que Você Soubesse

Composição: Gonzaguinha

Eu apenas queria que você soubesse
Que aquela alegria ainda está comigo
E que a minha ternura não ficou na estrada
Não ficou no tempo presa na poeira

Eu apenas queria que você soubesse
Que esta menina hoje é uma mulher
E que esta mulher é uma menina
Que colheu seu fruto flor do seu carinho

Eu apenas queria dizer a todo mundo que me gosta
Que hoje eu me gosto muito mais
Porque me entendo muito mais também

E que a atitude de recomeçar é todo dia toda hora
É se respeitar na sua força e fé
E se olhar bem fundo até o dedão do pé

Eu apenas queira que você soubesse
Que essa criança brinca nesta roda
E não teme o corte de novas feridas
Pois tem a saúde que aprendeu com a vida

Eu apenas queria que você soubesse
Que aquela alegria ainda está comigo
E que a minha ternura não ficou na estrada
Não ficou no tempo presa na poeira

Eu apenas queria que você soubesse
Que esta menina hoje é uma mulher
E que esta mulher é uma menina
Que colheu seu fruto flor do seu carinho

Eu apenas queria dizer a todo mundo que me gosta
Que hoje eu me gosto muito mais
Porque me entendo muito mais também

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Tocando em Frente...

Foto: Cibele Delfim



Tocando em Frente...

Ando devagar por que já tive pressa
E levo esse sorriso por que já chorei demais
Hoje me sinto mais forte, mais feliz quem sabe,
Só levo a certeza de que muito pouco eu sei
Nada sei.

Conhecer as manhas e as manhãs,
O sabor das massas e das maçãs,
É preciso amor pra poder pulsar,
É preciso paz pra poder sorrir,
É preciso a chuva para florir

Penso que cumprir a vida seja simplesmente
Compreender a marcha e ir tocando em frente
Como um velho boiadeiro levando a boiada
Eu vou tocando dias pela longa estrada eu vou
Estrada eu sou.

Conhecer as manhas e as manhãs,
O sabor das massas e das maçãs,
É preciso amor pra poder pulsar,
É preciso paz pra poder sorrir,
É preciso a chuva para florir.

Todo mundo ama um dia todo mundo chora,
Um dia a gente chega, no outro vai embora
Cada um de nós compõe a sua história
Cada ser em si carrega o dom de ser capaz
E ser feliz.

Conhecer as manhas e as manhãs
O sabor das massas e das maçãs
É preciso amor pra poder pulsar,
É preciso paz pra poder sorrir,
É preciso a chuva para florir.

Ando devagar porque já tive pressa
E levo esse sorriso porque já chorei demais
Cada um de nós compõe a sua história,
Cada ser em si carrega o dom de ser capaz
E ser feliz.

Conhecer as manhas e as manhãs,
O sabor das massas e das maçãs,
É preciso amor pra poder pulsar,
É preciso paz pra poder sorrir,
É preciso a chuva para florir.

Renato Teixeira

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Luz



Foto: Cibele Delfim

Pela Luz Dos Olhos Teus
Composição: Vinicius de Moraes

Quando a luz dos olhos meus
E a luz dos olhos teus
Resolvem se encontrar
Ai, que bom que isso é, meu Deus
Que frio que me dá
O encontro desse olhar

Mas se a luz dos olhos teus
Resiste aos olhos meus
Só pra me provocar
Meu amor, juro por Deus
Me sinto incendiar

Meu amor, juro por Deus
Que a luz dos olhos meus
Já não pode esperar
Quero a luz dos olhos meus
Na luz dos olhos teus
Sem mais larirurá

Pela luz dos olhos teus
Eu acho, meu amor
E só se pode achar
Que a luz dos olhos meus
Precisa se casar

domingo, 2 de janeiro de 2011

Encontro Breve II

Foto: Cibele Delfim
QUEM ESTÁ ADMIRANDO QUEM?

Foto: Cibele Delfim
Linda Isabelly!
O retrato de um
encontro perfeito!
Sublime!
Amei estar com vocês!
beijos
Cibele

A ALMA É CURADA AO ESTAR COM CRIANÇAS
Fiódor Dostoiévski

Sublime...

Foto: Cibele Delfim

De Cartas a um Jovem Poeta

Maio 14, 1904, Rome
Amar também é bom:
porque o amor é difícil.
O amor de duas criaturas humanas
talvez seja a tarefa mais difícil que nos foi imposta,
a maior e última prova,
a obra para a qual todas as outras são apenas uma preparação.
Por isso, pessoas jovens que ainda são estreantes em tudo,
não sabem amar: tem que aprendê-lo.
Com todo o seu ser,
com todas as suas forças concentradas em seu coração solitário,
medroso e palpitante,
devem aprender a amar.
Mas a aprendizagem é sempre uma longa clausura.
Assim, para quem ama,
o amor,
por muito tempo e pela vida afora,
é solidão,
isolamento cada vez mais intenso e profundo.
O amor, antes de tudo,
não é o que se chama entregar-se,
confundir-se, unir-se a outra pessoa.
Que sentido teria, com efeito,
a união com algo não esclarecido,
inacabado, dependente?
O amor é uma ocasião sublime para o indivíduo amadurecer,
tornar-se algo em si mesmo,
tornar-se um mundo para si,
por causa de um outro ser;
é uma grande e ilimitada exigência que se lhe faz,
uma escolha e um chamado para longe.
Do amor que lhes é dado,
os jovens deveriam servir-se unicamente como de um convite para trabalhar em si mesmos.
A fusão com outro, a entrega de si,
toda a espécie de comunhão não são para eles;
são algo de acabado para o qual,
talvez, mal chegue atualmente a vida humana.
Creio que aquele amor persiste tão forte e poderoso
em sua memória justamente por ter sido sua primeira solidão
profunda e o primeiro trabalho interior com que moldou a sua vida.

Rainer Maria Rilke